Você Deveria Ter Partido
Ano: 2020
Gênero: Terror, Suspense
Classificação: 4
País: EUA
Plataforma: Telecine
Há pouco tempo Kevin Bacon revelou ao jornal El País que atualmente tem se interessado muito mais por papeis pequenos e produções independentes, na grande maioria das vezes, como coadjuvante. Parece que o célebre artista não levou muito isso à sério quando aceitou protagonizar o novo filme da produtora Blumhouse, célebre produtora de filmes de terror de baixo orçamento.
Envolto a um clima verdadeiramente tenebroso, o filme conta a história de Theo Conroy (Kevin Bacon) homem que vive tentando controlar o seu ciúme perante a sua esposa Susanna (Amanda Seyfried) muito mais nova que ele. Eles têm uma filha chamada Ella, que é responsável pelo ponto de equilíbrio entre os dois.
Sua esposa é atriz, fato que faz com que Theo se corroa de ciúmes e coloque a sua insegurança, muito provavelmente pela diferença de idade dos dois, à frente da vida que levam. Para tentarem minimizar o problema, o casal resolve passar férias para uma estranha casa isolada no País de Gales.
Ao chegar ao local, coisas estranhas começam a acontecer, e eles mal conseguem conhecer a casa, que se mostra muito maior pelo lado de dentro, sendo um verdadeiro labirinto, repleto de cômodos estranhos.
A mudança de ares não surte efeito positivo, e a tensão entre o casal só aumenta, enquanto ambos tentam esconder importantes segredos um do outro. A partir daí o filme se desembesta ladeira abaixo, com situações nonsenses que entediam o telespectador, principalmente quando o filme vai chegando ao seu último terço.
A revelação final até que é interessante, talvez funcione no livro homônimo de Daniel Kehlman, ao qual o roteiro foi baseado, mas a ideia é muito mal conduzida, ao ponto do filme conseguir estragar a experiência final do telespectador. Uma pena, pois o suspense criado em torno do grande mistério da casa acaba sendo muito pouco justificado.
Muito baseado em questões psicológicas – o passado do protagonista tem um peso importante na trama, encontramos todas as formas de clichês de filmes baseados em casas misteriosas: excesso de pesadelos, corredores intermináveis, objetos estranhos, portas que mudam de lugar…
No entanto, o filme parece ficar sem uma saída adequada para o seu encerramento, e olha que o seu diretor é o experiente David Koepp. Assim, realmente fica claro que nem Kevin Bacon com protagonista e nem Amanda Seyfried (no piloto automático), podem fazer nada para salvar essa bomba.