Uncharted: Fora do Mapa

Crítica

Título Original: Uncharted – Drake’s Fortune
Gênero: Aventura
Ano: 2022
Classificação: 7
País: Estados Unidos
Plataforma: Cinema

Dos Games para os cinemas, para a alegria dos fãs um dos títulos de aventura mais vendidos da história ganhou uma versão para as telonas. Em Uncharted – Fora do Mapa, embarcamos na trajetória de Nate (Tom Holland) que apesar de jovem possui um conhecimento vasto sobre história e antiguidades, ele chama atenção de Sully (Mark Wahlberg) que lhe faz uma proposta para que os dois tentem desvendar enigmas que os façam achar “o maior tesouro nunca encontrado”.

É certo que muitos jogos de sucesso já tiveram tentativas frustradas de adaptação para o cinema, porém neste caso há uma facilidade já que o game foi construído a partir de bases sólidas e com detalhes ricos sobre a história dos personagens, e o diretor Rubén Fleischer mandou muito bem ao aproveitar boa parte da história original para este primeiro filme. É obvio que para os fãs uma coisa ou outra pode desagradar, mas o resultado final foi positivo.

Sempre achei que o jogo tinha grande potencial para se tornar um filme, e há anos acompanhamos as especulações sobre o assunto, finalmente o projeto saiu do papel e traz consigo uma dupla pesada na linha de frente da história, a adaptação aproveita o “hype” do jovem ator Tom Holland e acrescenta o carisma e a experiência de Mark Wahlberg em filmes de ação, a dupla casou bem e transcendeu grande sintonia durante o filme, as escolhas levavam a crer que a proposta seria seguir uma possível franquia, algo confirmado depois que o play pôde ser dado.

A história é bem introdutória e o filme não poupa tempo para dar lastro ao personagem principal Nathan “Nate” Drake, passando por sua difícil infância até o momento que ele se torna adulto e tenta levar a vida antes de se tornar um famoso explorador. Decisão importante que consegue atingir o público que não teve contato com os games. Apesar de compreensível é um pouco frustrante ver o personagem de Sully estar bem descaracterizado, mas como dito, tratando-se de uma adaptação, coisas como essa vão acontecer.

O filme conta em seu cast com Antônio Bandeiras que comanda o time dos vilões da trama e infelizmente desaponta, não por culpa de sua atuação em sim, mas por seu personagem estar um pouco desconexo ao que é proposto, fica claro que uma escolha pesada como essa deveria ser mais bem aproveitada. Quem chamou a atenção foi a imprevisível parceira de Nate e Sully, a furtiva Chloe Frazer (Sophia Taylor Ali), sua personagem encaixou muito bem no roteiro apresentado para esse primeiro filme.

Uncharted acaba por deixar de lado algumas questões mais sensíveis da vida de Nate que é bem explorada na versão dos games, mas partindo da premissa que provavelmente este filme abrirá portas para uma franquia duradoura, esperamos ver em breve um Nate mais maduro e próximo do personagem principal. Para quem está em busca de apenas um filme de aventura, este é um prato cheio, com cenas de ação incríveis e ótimos efeitos especiais. Para os fãs do jogo, o filme os presenteia com um grande número de “easter eggs”. Vale a pena conferir esta aventura que apesar dos problemas citados, deixa uma boa expectativa para uma promissora sequência.
Dica: Há cenas pós créditos!!!