Sozinha
Título Original: Alone
Gênero: Suspense, Drama
Ano: 2020
Classificação: 7
País: Estados Unidos
Plataforma: Telecine Play
Em luto pela morte recente do seu marido, Jéssica (Jules Wilcox) deixa a casa de seus pais e parte em uma viagem solitária de carro. Na estrada ela tem um pequeno desentendimento que quase causa um sério acidente. De forma misteriosa ela passa a encontrar recorrentemente o mesmo homem (Marc Menchaca) durante sua viagem.
Sozinha é um típico filme de caça alucinante entre gato e rato que envolve bastante suspense. Jéssica está bastante traumatizada pela perda do seu marido e como se isso não bastasse tem agora que conviver com o medo de ter mais um encontro com o misterioso homem que sempre está em seu caminho. O filme proporciona bons momento de tensão e agrada por não ter uma personagem principal tomando sempre decisões tão ruins como costumamos ver nesse tipo de thriller.
Este último ponto me agradou bastante, pois sempre quando estamos vendo filmes que envolvem perseguições, acabamos por ficar irritados pelos personagens estarem sempre tomando decisões questionáveis em momentos de vida ou morte, obviamente que vez ou outra ela acaba dando seus vacilos, mas muitas das opções escolhidas por ela são boas e até consegue se mostrar bastante sagaz na fuga do tal homem misterioso.
Outro ponto a ser destacado são os poucos momentos de diálogo do filme, o nosso vilão consegue ser bem ameaçador quando consegue falar com Jéssica, os diálogos conseguem proporcionar bons momentos de tensão. Com um roteiro bem direto, o longa é desenvolvido de forma diferente do habitual, ele é recortado em partes, momentos na estrada, momentos no rio e assim por diante. O filme consegue transmitir a sensação de vulnerabilidade de uma mulher que está passando por um momento bem dramático e viaja sozinha pela estrada, e o vilão consegue perceber essa fragilidade e explora bastante isso para tentar conseguir o que quer.
Sozinha tem um enredo já visto algumas vezes na história do cinema e lembra bastante o clássico de Steven Spilberg “Encurralado” de 1971, porém é notório o esforço que o diretor John Hyams fez para dar a sua identidade, seja na forma como a história é contada ou mesmo da forma como ele explora os diálogos recheados de tensão e mistério, no final das contas o filme consegue entregar o seu propósito e proporciona uma boa diversão.