Outter Banks – Temporadas 1 e 2
Ano: 2021
Gênero: Aventura/Drama
Classificação: 7
País: Estados Unidos
Plataforma: Netflix
Quando falamos sobre série, uma das primeiras perguntas que recebo é: Vale a pena assistir? A pergunta é mais complexa do que parece, pois se tratando de uma série, você precisa dedicar um tempo significativo a ela. No caso de Outer Banks podemos dizer que se você curte personagens teens e você é relax quanto a acontecimentos bem clichês e também pouco críveis, posso dizer que vale a pena assistir. Talvez o principal ponto que me agradou na série foi a vibe superbacana da ilha onde se passa a história, com aquele clima de verão intenso e praias paradisíacas, além é claro dos personagens principais que são bem cativantes.
Outer Banks são um conjunto de ilhas localizadas na costa da Carolina do Norte nos Estados Unidos, a série retrata um grupo de amigos que vivem no lado pobre da ilha, que é dividida entre Pogues (lado pobre) e Kooks (lado rico). O personagem principal John B. (Chase Stokes) não aceita o desaparecimento do seu pai, que sumiu enquanto se dedicava a caça de um tesouro do navio Royal Merchant que naufragou na costa de Outer Banks, então John B. torna como obsessão levar a pesquisa de seu pai a frente, seus fiéis amigos embarcam na aventura e os quatros partem para uma busca intensa pela caça ao tesouro.
Nos primeiros episódios a série é bem confusa devido ao grande núcleo de personagens, apesar de que me agrada muito que ela tenha a sua abertura narrada, é uma boa intro para que você se situe e veja qual direção a história vai tomar. A amizade entre Jhon B., Kiara (Madisson Bailey), JJ (Rudy Pankow) e Pope (Jonathan Davis), são o foco principal que tem como pano de fundo a caça ao tesouro do navio Royal Merchant. Como disse a quantidade de núcleos é grande, mas também posso dizer que são necessários, mas quanto maior, mais personagens ficam com suas histórias soltas e em determinado momento parece que a direção lembra e tenta dar alguma minutagem para alguns, principalmente para os pais dos quatro amigos que ficam esquecidos em vários momentos da série.
Algumas cenas não agradam e são totalmente desnecessárias como o fato de toda vez que algum vilão e até mesmo um mocinho que esteja de moto saiam as empinando. Os episódios são muito extensos com quase uma hora de duração, talvez no velho padrão de 42 minutos as histórias poderiam ficar mais encorpadas com menos correrias, pancadarias e fugas alucinantes e entrar um pouco mais afundo sobre a história do tesouro, que é bem contada, mas poderiam abrir mais curiosidades e explorar mais sobre, que é uma história bem interessante e adaptada da vida real.
Temos que destacar as atuações dos quatro atores que representam os personagens dos quatro amigos que são excelentes, nos apegamos facilmente a eles que são bem carismáticos. As histórias por trás dos seus personagens são bem envolventes, principalmente a de JJ que cresce bastante ao longo da série e em determinados momentos até rouba um pouco do protagonismo de Outer Banks, seu personagem tem uma história de sofrimento de maus tratos de seu pai, o que explica o fato de ele ser tão explosivo e tomar atitudes tão incorretas.
Outer Banks cresce bastante ao longo dos episódios e consegue mesclar bem dramas familiares, ação, aventura, romance e boas pitadas de humor. A segunda temporada termina com inúmeros ganchos para uma possível terceira temporada, o que não seria nada forçada pois temos ainda bastante coisa para ser esclarecida, mas até o momento que escrevo esse texto, uma sequência não foi confirmada pela Netflix.