Mãe x Androides
Título Original: Mother / Android
Gênero: Ficção Cientifica
Ano: 2021
Classificação: 3
País: Estados Unidos
Plataforma: Netflix
Crítica
Em um futuro próximo, Georgia (Chloë Grace) vive uma tensão em seu relacionamento com seu namorado Sam (Algee Smith), ela descobre que está grávida e paralelo a isso um estranho acontecimento faz com que androides se rebelem contra os humanos. O casal então parte em uma jornada a procura de um lugar seguro.
Ultimamente temos nos deparados com algumas obras cinematográficas buscando em um futuro distópico uma base para o seu roteiro, fatalmente este é um assunto que desperta interesse instantâneo na maioria das pessoas. Neste caso uma rebelião dos robôs assola a humanidade após um misterioso evento “bugar” sua inteligência artificial, atacando vorazmente qualquer humano que venha a ter contato. Mas o que pode dar errado já que tudo isso parece bem promissor?
De cara, vamos rechaçar o fato de o filme ter sido feito com baixo valor orçamentário, o que até lhe dá pontos a favor, onde percebemos que o cenário, fotografia e figurino são de muito bom gosto, mas isso não justifica o porquê de se ter tantas decisões ruins no desenvolver da história. Entramos em um ponto crucial, que prejudica demais a experiência, sequências que se arrastam sem necessidade, principalmente quando a história está se definindo e nos deparamos com um verdadeiro martírio que é a cena final.
Um roteiro raso e fraco apesar da ideia promissora, com diálogos extremamente pobres. É perceptível como a dupla protagonista se empenha, tentando passar emoção, mas nem isso é capaz de salvar o trabalho do estreante diretor Mattson Tomlin que é co-roteirista do novo Batman.
Em um vasto cenário futurístico, nos pegamos volta e meia como foco principal da trama, discussões fúteis de um casal que parece estar com sua situação bem resolvida, mas repentinamente tudo muda. Pois bem, quando nos preparamos para assistir uma ficção-cientifica, estamos dispostos a ser provocados, procurar reflexões em um tema verdadeiramente abrangente. Mas com escolhas tão precárias e previsíveis, aqui não é possível nem mesmo entrar em um campo de suposições.
O que foi vendido como um filme que poderia ser um capítulo do excelente sci-fi Black Mirror, é apenas uma viagem morna a um futuro próximo, com cenas de drama e ação vazias. Certamente a inexperiência do novato diretor teve impacto na obra que faz parecer 110 minutos uma verdadeira penitência. Fica uma esperança para que possam abordar de melhor forma essa temática em algum momento.