Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa
Título Original: Spider-Man: No Way Home
Gênero: Aventura, Ação
Ano: 2021
Classificação: 9
País: Estados Unidos
Streaming: Cinema
A tarefa de escrever sobre um filme como esse é dura, pois qualquer frase mais empolgada pode estragar a surpresa do fã do aracnídeo, e Homem Aranha: Sem Volta Pra Casa é um filme repleto de surpresas e momentos marcantes, que certamente ficará tatuado na alma de qualquer fã do Homem-Aranha e de filmes de heróis.
A terceira sequência do Homem-Aranha de Tom Holland narra as consequências que a revelação de sua identidade secreta feita pelo Mysterio (Jake Gyllenhaal) trouxe para a sua vida, impactando não só o dia-a-dia de Peter Parker, como também de sua Tia May (Marisa Tomei) como também de sua namorada M.J (Zendaya) e Ned (Jacob Batalon).
Após a revelação de sua identidade, tem início uma verdadeira caçada da imprensa e da polícia ao Peter, por conta dos acontecimentos mostrados em Homem Aranha Longe de Casa (2019). Peter tem a ideia de pedir ajuda ao Mago Supremo Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), para que ele faça um feitiço em que as pessoas esqueçam que Peter Parker é o Homem-Aranha.
Como visto nos trailers, o feitiço dá errado e (finalmente) abre as portas do multiverso trazendo vilões de outros universos do Homem-Aranha para o MCU, causando um grande caos na cidade. Se a coisa já estava feia para Peter Parker, após esses eventos tudo piora, principalmente na cena da ponte, que é um dos destaques dos trailers do filme.
Novamente, sem dar spoilers, me limito a falar de situações já divulgadas oficialmente antes da estreia do filme. Então, posso dizer de consciência tranquila que os vilões estão sensacionais, com grande destaque para Alfred Molina, revivendo brilhantemente o papel de Dr. Octopus. Assim como Willem Dafoe, que revive quase vinte anos depois o Duende Verde, e brilha, brilha muito com as mudanças de feições que o seu personagem pede. O elenco, aliás, é grandioso, certamente um dos maiores entre os filmes de heróis, brigando de igual pra igual com o Ultimato (2019) também da Marvel.
E o que faltou para o 10? Em minha análise bastante pessoal, tive algumas pequenas discordâncias com o roteiro, primeiramente com o plot principal, quando o feitiço do Dr. Estranho dá errado, e depois, já no finalzinho, quando o roteiro caminha para a resolução do grande problema causado pelo mesmo feitiço no início do filme. Mas são detalhes muito pequenos, algo bem particular, que pode não ter incomodado a maioria dos espectadores.
O diretor Jon Watts, responsável por toda a trilogia, capricha na sequência lógica do enredo e enche a mão com doses cavalares de emoção, com momentos sensíveis, que levaram muitos às lágrimas na sala de cinema onde eu estava, abarrotada de pessoas que mais pareciam torcedores de futebol, comemorando um gol, quando cada momento cuidadosamente preparado pelo diretor era mostrado na tela do cinema. Há todo um fanservice que faz brotar lágrimas nos olhos dos espectadores, assim como também faz o fã se sentir orgulhoso de “torcer” para o time Marvel.
Surpresas, emoções, redenção, reflexões e muitas cenas boas de ação enchem a tela e estampam um sorriso orgulhoso no fã. Acho que é desnecessário falar sobre efeitos especiais, principalmente por conta da presença e do bom tempo de tela que o Dr. Estranho tem no filme. Mas acho importante destacar que a presença de muitos personagens foi acertadamente trabalhada pelo diretor, algo sempre difícil quando temos filmes com elenco muito grande.
Os pós-créditos indicam que a saga do aracnídeo vai continuar a servir ao MCU, o que nos traz esperança, dado o monte que foi falado sobre a permanência de Holland na Marvel. Vamos torcer! O que a Marvel tem feito a serviço dos seus fãs é algo que não há palavras para descrever, também não há palavras superlativas para agradecer, então vou ser simples aqui: muito obrigado Marvel!