Contra Ataque
Título Original: Reprisal
Gênero: Suspense, Ação
Ano: 2018
Classificação: 4
País: Estados Unidos
Plataforma: Telecine Play
Jacob (Frank Grillo) é gerente de um banco que sofre um assalto violento, mesmo atordoado com o fato, e pela perda de um colega de trabalho, ele é suspenso de suas funções, pois a investigação considerou estranhas as circunstâncias do crime, pois o bandido conhecia muito bem o banco e as suas rotinas administrativas.
Indignado com a desconfiança, e com a situação financeira delicada, Jacob decide pedir a ajuda de seu vizinho James (Bruce Willis), um policial aposentado que ainda possui todo o tipo de contato e suporte da corporação, para que ambos possam investigar por conta própria o assalto e seus possíveis novos alvos.
O roteiro é um tanto batido e o filme se sustenta em boas cenas de ação, perseguição e tiros, que entretém o espectador ao longo de seus 90 minutos. Não bastasse ser repleto de clichês de filmes dessa natureza, o filme ainda peca em querer sustentar o inverossímil em cenas que jogam muito mais contra do que a favor. Um exemplo é tentar vender o a imagem de que um simples gerente de banco pode perseguir desarmado um bandido disposto a matar ou morrer.
O filme chama a atenção pela presença de Frank Grillo, que vem sendo bastante solicitado em filmes de ação, e Bruce Willis, que dispensa apresentações, mas não dispensa comentários. É lamentável ver Bruce encenando filmes de baixíssimo investimento e qualidade duvidosa, como este. Somente em 2021 já foram 4 lançamentos, todos com notas abaixo de 5 no IMDB (site de classificações de filme pertencente a Amazon).
Em “Contra Ataque”, Bruce é um coadjuvante de luxo, basicamente ele fica de casa dando instruções para seus amigos que ajudam na investigação e, somente no final, participa da caçada ao bandido dando meia-dúzia de tiros, uma pena. Quem resolveu “dar o play” no filme para conferir Bruce, certamente ficou muito bravo.
Há muitas pontas soltas no filme, como as reais motivações do assaltante Gabriel (com uma boa interpretação de Johnathon Schaech), dentre outras coisas, como uma funcionária do banco que parece ter uma participação importante no filme, mas que não passa de mera distração para o espectador.
Se tudo até aqui não ajudou a defender o filme, espere para ver o final. A forçação de barra para garantir redenção ao personagem principal do filme é tanta, que só nos resta rir, afinal de contas, sorrir é melhor que chorar, não é mesmo?
Se você estiver muito curioso, assista e tente fazer uma limonada desse limão.