A Troca
Título Original: Changeling
Gênero: Drama
Ano: 2008
Classificação: 9
País: Estados Unidos
Plataforma: Netflix
Assustadoramente baseado em uma história real, “A Troca” tem a luxuosa direção de ninguém menos que Clint Eastwood e narra a história de Christine Collins (Angelina Jolie), uma mãe solteira que ao chegar do trabalho descobre que o seu filho de 9 anos sumiu, o que a leva a uma busca exaustiva e a questionar a eficiência da polícia.
Com baixa credibilidade junto a sociedade, a polícia cai nas graças da imprensa ao anunciar, cinco meses depois, que o filho de Christine foi encontrado, mas quando ela vai de encontro ao garoto, percebe que o menino não é o seu filho Walter (Gattlin Griffith).
Pressionada pela polícia na frente da imprensa, ela aceita ficar com o garoto, e até posa para fotos com eles. De acordo com a polícia, uma criança nessa idade muda muito rapidamente a sua aparência, e ela precisa de um tempo para se reacostumar com o seu filho. Certa de que o menino não é o seu filho, ao chegar em casa, ela reúne diversas provas que atestam o embuste político por trás de toda a história.
A trama de “A Troca” é tão surreal que chega a ser difícil acreditar em sua veracidade, mas o pior ainda estar por vir. Enquanto a moça continua lutando contra a polícia afirmando que o menino não é o seu filho, um rapaz antes de ser extraditado para o Canadá revela que participou de uma série de assassinatos de crianças juntamente com um terrível serial killer.
O filme é uma obra-prima e sentimos o peso da mão de Clint ao longo de toda a produção. A fotografia e a recriação dos EUA dos anos 20 são incríveis, assim como a boa atuação de Angelina Jolie.
John Malkovich também tem um papel importante na produção, pois vive o Reverendo Briegleb, sujeito responsável por impedir que coisas ainda mais terríveis acontecessem com Christine, já que a polícia tenta o tempo todo silencia-la para que a notícia da farsa relacionada ao sucesso na busca de seu filho não caia no conhecimento do público.
O filme apresenta algumas viradas de roteiro até o seu fim, transitando por arcos bastante relevantes, como o que se passa no hospício, ou ainda o que se passa durante o julgamento do Serial Killer.
No fim, o filme deixa o espectador formulando as suas teorias, mesmo se tratando de uma história real. Cruel, triste e tocante, “A Troca” mostra não apenas o nível de monstruosidade que o ser humano pode chegar, mas também o preço que pagamos pelo jogo de interesses de terceiros, e por fim, a resiliência e a esperança, quando o assunto envolve alguém que amamos.