A Máquina de Lembranças
Crítica
Título Original: Rememory
Ano: 2019
Gênero: Ficção Científica, Drama, Suspense
Classificação: 6
País: Estados Unidos
Plataforma: Amazon Prime
Samuel Bloom (Peter Dinklage) vive dias difíceis após um trágico acidente que vitimou seu irmão há algum tempo, no entanto, sua vida passa a ter outro objetivo, o de desvendar alguns mistérios sobre o fatídico dia.
Quando Samuel descobre que o psicólogo e cientista Gordon Dunn (Martin Donovan) criou uma máquina capaz de extrair, gravar e reproduzir memórias, Samuel se interessa pela invenção que pode ser uma solução para os seus problemas, mas inesperadamente vê as coisas complicarem quando Gordon é encontrado morto.
Determinado a seguir com o seu plano, agora Samuel tem outro desafio, o de tentar encontrar o suposto assassino do cientista, principalmente porque ele testemunhou movimentos estranhos próximos ao local onde Gordon foi encontrado morto.
É realmente lindo o trabalho feito por Samuel para identificar as memórias das “cobaias” que passaram pela máquina do Gordon. Através dos vídeos assistidos e, consequentemente, das memórias assistidas, ele vai descobrindo segredos sobre a vida das pessoas e criando uma maquete com bonecos bastante significativa, que acaba trazendo um momento de fuga para o personagem. Não há como não destacar também o show de imagens que são transmitidas quando a exibição da memória de alguém é reproduzida pela máquina de lembranças, realmente um espetáculo.
Gosto muito de como o filme trata a questão da máquina, deixando claro que ela não é perfeita, pois assim como ela ajuda as pessoas, ela também pode prejudicar, além disso, mostra que a pressa para o anúncio de seu lançamento pode trazer um efeito colateral terrível.
Vale destacar a ótima atuação de Peter Dinklage, que adiciona ao filme uma pegada dramática condizente com o seu personagem e tudo o que está conectado na espinha dorsal da história. O personagem se sai muito bem quando precisa ser convincente quanto aos seus planos e transita por momentos de incrível emoção.
Embora o filme careça de mais dinâmica, o diretor canadense Mark Palansky consegue conduzir o enredo de maneira eficaz, dando um final digno e imprevisível à história. Vale a assistida.