Talvez Uma História de Amor
Gênero: Comédia, Drama
Ano: 2018
Classificação: 5
País: Brasil
Plataforma: Telecine
Virgílio (Mateus Solano) é um homem extremamente metódico na qual segue à risca sua rotina diária. Após mais um dia de trabalho ele entra em choque após ligar a sua secretária eletrônica e ouvir uma mensagem de Clara (Thaila Ayala) terminando a relação entre os dois. O término não é o maior problema e sim o fato de ele não ter ideia de quem seja Clara.
Com grande resistência a mudança ele segue alheio as mais modernas tecnologias das quais temos acesso. Ele ostenta em seu apartamento, toca discos, televisão em preto e branco, além de seu celular que só poderia ser aquele com a tradicional anteninha. Sem rede social ele parte em busca de informações diante de seus amigos mais próximos para tentar descobrir quem é essa tal Clara e para sua surpresa todos a conhecem e já sabem do término dos dois além de citá-los como um casal que tinha tudo para dar certo.
O longa nacional apresenta uma proposta interessante indo na contramão de filmes do gênero, aqui a história começa a ser contada do fim. As comédias românticas têm por fama ser o estilo de filme mais previsível dentre todos, com este artefato o diretor Rodrigo Bernardo consegue criar uma boa expectativa em qual será o próximo passo da história. Ao decorrer do filme ele até brinca com algumas situações clichês. Algo que incomoda um pouco na trama é o ritmo extremamente lento na qual o filme se desenvolve, apesar de dentro do contexto do personagem, o filme não engrena e demora demais para apresentar novidades relevantes sobre o mistério que paira na cabeça de Virgílio.
O filme conta com excelente elenco com os já citados Mateus Solano e Thaila Ayala, além de carinhas conhecidas como Dani Calabresa, Marco Luque, Nathalia Dill, Bianca Comparato e Paulo Vilhena. Um ponto bem legal da comédia é a trilha sonora muito bem elaborada e hits tudo a ver com o filme que ajudam a embalar a história. Falando ainda sobre os atores presentes no filme, eles se entregam aos seus papéis, mas acabam por ser prejudicados por no alto de suas respectivas “meias idades”, darem corpo a personagens com inseguranças e dilemas adolescentes o que infelizmente não convence a ponto de causar empatia com o telespectador.
Por fim o filme que até apresenta um bom enredo, tenta passar algumas mensagens para reflexões sociais que não emplacam isso tudo em um ritmo bem lento, com situações bem forçadas, principalmente pelo fato de que nos dias de hoje é praticamente impossível você levar tantos dias para poder ter conhecimento sobre alguém que supostamente foi ou é sua namorada. Se você deixar alguns desses elementos de lado o filme pode proporcionar alguma diversão, mas para ser visto apenas de forma despretensiosa.