Venom: Tempo de Carnificina
Título Original: Venom: Let There Be Carnage
Gênero: Ação, Ficção Cientifica
Ano: 2021
Classificação: 6
País: Estados Unidos
Plataforma: Cinema
Eddie Brock (Tom Hardy) vem encontrando problemas para se adaptar a vida com o simbionte Venom. A história se passa um ano após os acontecimentos do primeiro filme. Eddie tenta voltar a sua rotina de jornalista, ao entrevistar o assassino em série Cletus Kasady (Woody Harrelson) ele é atacado por Cletus que entra em contato com seu sangue e desenvolve um novo simbionte chamado de “Carnificina”.
Esperava-se um pouco mais desta sequência de Venom, seguindo a nova fórmula de se fazer filmes de heróis a franquia apela demasiadamente no humor, chegando a incomodar nos primeiros momentos, a história é bem legal, mas se perde um pouco ao seguir um caminho e depois não conseguir mais sair dele. Eddie e Venom têm diálogos excessivos e que pouco acrescentam ao desenvolvimento do filme. Tempo perdido que poderia ser usado para explorar melhor os personagens de Cletus e Frances “Shriek” (Naomie Harris) que são os vilões apresentados, e claro dedicar um tempo a mais as cenas de ação que são muito boas.
Como tudo em excesso faz mal, em “Venom – Tempo de Carnificina”, o humor é explorado de forma exaustiva, artefato que acaba por descaracterizar os personagens, o que prejudica bastante a obra, quando a trama passa a não se levar a sério, acaba refletindo esse sentimento no público que passa a tratar o filme como uma mera diversão e acaba por nos desconectar com a história em si. Quando falamos em personagens Marvel, sabemos o contexto profundo histórico, o que te deixa um pouco decepcionado após sentir a falta de um pouco mais disso nessa sequência de Venom.
O filme tenta deixar claro que existe um conflito entre Eddie e Venom, dedicando uma boa parte a isso, o que entra na conta do humor excessivo já citado. O longa é uma sequência praticamente direta do primeiro filme, e aqui vai uma boa dica, é importante estar com a memória fresca em relação ao primeiro, muitas referências aos acontecimentos que rolaram são citadas neste, algo muito positivo e que dá bastante profundidade a história de Eddie Brock e “sua” simbionte, levando em consideração as milhares de teorias sobre o futuro do personagem e sua provável interação com o restante do Universo Marvel.
Não podemos de deixar ressaltar que o filme apesar dos problemas, é uma boa diversão e vale o ingresso do cinema, como já ressaltado as principais cenas de ação são excelentes, Tom Hardy parece bem mais a vontade com o papel de Eddie Brock e dá o tom cômico preciso e proposto pelo filme, e claro Woody Harrelson está ótimo como o vilão “serial killer” Cletus Kasady.
“Venom: Tempo de Carnificina” apresenta um enredo raso e um desenvolvimento desnecessariamente corrido, tempo perdido com besteirol que poderia ter sido aproveitado de melhor forma, como explorar mais o “Carnificina” e do que ele é capaz. Apesar de tudo a química entre Venom e Eddie é bem desenvolvida e por fim consegue criar uma boa empatia com o telespectador. Como de praxe há cenas pós créditos de arrepiar e que nos deixam cheios de expectativas sobre o que vem por aí.