007 Sem Tempo Para Morrer
Título Original: No Time to Die
Gênero: Ação, Aventura
Ano: 2021
Classificação: 8
País: Estados Unidos
Streaming: Cinema
Último filme da franquia 007 com Daniel Craig vivendo o agente James Bond, “Sem Tempo Para Morrer” traz todos os ingredientes que o fã espera encontrar: perseguições, romance, reviravoltas, vilões enlouquecidos e cenários encantadores mundo afora.
Neste longa, e bota longa nisso, o filme tem 2 horas e 43 minutos, Bond precisa deter uma ameaça biotecnológica que tem potencial para se tornar uma arma de destruição em massa. Mas essa é só uma das pontas do emaranhado de histórias paralelas que circundam a produção.
Há bastante conexão com o filme anterior “007 Contra Spectre” (2015) e, nesse ponto, algumas falhas de condução, pois em algum momento me parece que o diretor Cary Joji Fukunaga (True Detective) tenta fechar um ciclo e isso ocorre de maneira bem abrupta, desperdiçando algumas boas chances para a trama. Outro problema está no plano principal do vilão do filme, que acaba sucumbindo por conta de uma obsessão pessoal.
Ainda assim, o novo filme da franquia traz muito mais acertos do que erros, além disso, o filme transgride alguns dogmas do legado do agente mais famoso de todos os tempos. Algumas dessas transgressões, você só verá quando tiver a oportunidade de assistir o filme, pois não darei spoilers aqui, enquanto nos outros casos, posso adiantar que o Bond de Craig pela primeira vez apresenta 007 como um ciclo, com início, meio e fim. Outro quesito a pontuar é o fato de haver algum fio condutor nos filmes do arco atual.
Com locações baseadas na em diversos locais como Jamaica e Cuba, as cenas de ação foram muito bem elaboradas, e envolve logicamente o Bond Car, além de motos, helicópteros e navios, tudo muito bem feito, de forma a garantir a inclusão do espectador em cada um desses cenários.
Méritos também para Rami Malek como Lyutsifer Safin, o principal vilão do filme, sua atuação é carregada de emoção, obsessão e excentricidade. Seu plot envolvendo Madeleine Swann (Léa Seydoux), outra boa personagem, é bem interessante e acaba sendo a espinha dorsal da história. Dentre os outros personagens do filme, destaco Logan Ash (Billy Magnussen), que apesar de não ter tido tanto tempo de tela, cumpriu bem o seu papel.
Daniel Craig teve uma despedida de gala nesse filme, a linha de corte para o próximo ator que viverá o papel de Bond está altíssima, pois durante seus cinco filmes no papel do agente, Craig entregou todos os ingredientes necessários para o ofício, adicionando neste último trabalho um outro lado do agente Bond, um cara empático, humano, e que coloca os seus sentimentos acima de qualquer coisa, custe o que custar.
Desde a sua excelente introdução, até a sua luta final, o filme cumpre o papel de entreter, além de oferecer algum fanservice ao longo da trama. Quem receber “007 Sem Tempo Para Morrer”, de braços abertos e, como um filme de ação e aventura, sem as amarras dos filmes anteriores, certamente vai curtir muito esta despedida de Daniel Craig como James Bond.